Com a cabeça lá e a mão aqui conversavam sobre tudo, o ar, a morte, a água e o chocolate. Tudo virava assunto de quem queria encontrar pelo menos alguma coisa em comum. Em vão, em vão, esse daí não vira nada, não da nada, é mais burro que uma porta.
Quando, naquelas intermináveis reuniões de família cobravam dela o tal namorado, rapaz estudioso e rico (dependendo do rico da frase até justificasse uma barba mal feita) ela dizia: " Eu tento, queridas eu tento, mas daqui a ali os que prestam não prestam pra namorar. Parece até que quando entende de cinema e música percebe o quão chato vai ser se filiar. "
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